Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

100 Guilty Pleasures

Todos temos um. Para cada dia da semana.

100 Guilty Pleasures

Todos temos um. Para cada dia da semana.

6ª é dia de guilty pleasure: os "Cronuts"

por Zé, em 19.07.13

Como diz o outro: sempre a aprender! Nas minhas longas e vertiginosas viagens pela internet, dei de caras com uma iguaria gastronómica que, à falta de outro adjectivo neste momento em que escrevo, descreveria simplesmente como: bombástica. Nas calorias, nas carradas de açúcar, no aspecto. E só poderia vir desse país magnífico e extremamente obeso chamado Estados Unidos da América. Senhoras e senhores, abram alas aos... Cronuts!

 

Olha, este agora anda a inventar nomes para dar aos bolos, devem estar a pensar. Mas enganam-se, queridos leitores. O Zé nada inventa e só conta toda a verdade. Os Cronuts são uma especialidade típica de Nova Iorque, nascidos da combinação estranha mas agradável ao paladar entre um Croissant e um Donut. Dois bolos iguaizinhos um ao outro, está-se mesmo a ver. Só que os americanos, sempre desejosos de motivos para abrir um bom negócio, acharam que vender os dois sozinhos não tinha graça. 

A pastelaria Dominique Ansel (nome francês ainda por cima) decidiu ajudar ao desgoverno nutricional dos USA criando um ser que combina o melhor dos dois mundos: o mundo das carradas de açúcar dos Donuts; e o mundo (maravilhoso, já agora) da massa folhada fofinha dos típicos croissants franceses. Passam primeiro por uma fritura (como as farturas), levando depois uma camada de açúcar, recheados com creme e terminando com uma cobertura também de açúcar. São vendidos pela módica quantia de 5 dólares (4 euros), e alguns parecem mais cupcakes do que outra coisa qualquer. Ainda por cima eu odeio cupcakes. Demasiado coloridos para o meu gosto.

 

Por isso, se alguém estiver a pensar numa ideia de negócio para combater estes tempos de crise peguem em dois bolos que vos apareça à frente, e tentem fazer magia. Quem sabe não vos sai uma maravilha do outro mundo. Eu avanço já com dois exemplos: o mil-folhas com o Pastel de Nata (um mil-natas) e o palmier com arroz doce (um palmiroz). Vejam lá se não tenho olho para os bons negócios.

Guilty Pleasures nº10: Caracóis

por Zé, em 03.07.13

 

Nós, seres humanos, temos a magnífica capacidade de ingerir coisas absolutamente horripilantes. Melhor ainda: somos capazes de as transformar em petiscos de verão, acompanhados à mesa por uma cerveja geladinha e uma cesta de pão torrado com manteiga. Abram alas para o guilty pleasure nº10... os caracóis!

 

Os nosso (lentos) amigos de duas antenas costumam andar felizes da vida a comer couves alheias nos quintais. Mas desenganem-se aqueles que pensam encontrar nos caracóis uma saída para se tornarem vegetarianos. Estão a comer coisinhas vivas e viscosas na mesma. 

 

Como são pequenos terroristas de quintal, arruinando horas e horas de trabalho aos agricultures deste país em crise, qual a solução encontrada pelo portuga: metê-los num tacho. Aliás, a solução que encontramos para as coisas horríveis apanhadas por esses quintais e canteiros fora é sempre a panela ou o tacho. A javardice dos bichos funciona como um incentivo para o funcionamento do nosso cérebro: quanto mais nojento for, melhor fica. Quanto pior melhor (não estou a falar do governo, calma!).

 

Na realidade, não há café, tasca, restaurante ou supermercado que não venda os caracóis peganhentos em lindas travessas. O nosso ideal de férias deixa de ser torrar ao sol durante 4 horas até apanhar um escaldão, para se transformar em sessões intermináveis de "caracolcídio", sob o alto patrocínio do Manel dos Caracóis e da Sagres bem gelada (ou da Super-Bock, uma cerveja espanhola ou holandesa calha sempre bem!). O ritual é sempre o mesmo: vindo directamente de uma qualquer cozinha não vigiada pela ASAE, a magnífica travessa recheada de caracoletas cozidas e de molho picante é pousada (ou melhor: arremessada) no centro da mesa, onde um grupo de marmanjos homicidas está desejo de picar as vítimas com palitos. 

 

O grande problema surge quando os maganos dos seres viscosos não querem sair da casca. Temendo certamente serem vítimas do Gaspar (ai não, que esse voltou para o casulo), os pequenos fecham-se nas suas carapaças. O bom português, sedento de uma boa ranhoca acabada de cozinhar, não perde tempo e opta por soluções radicais. Se o palito não faz o coiso saltar cá para fora, o melhor mesmo é expulsá-lo à bruta com a ajuda das glândulas chupadoras. Sabem que a gente tem glândulas chupadoras? Pois, eu também não sabia. Glândulas essas que, ajudadas pela acção da saliva, transformam a casa do bicho num Brasil em dia de chuva torrencial. O coitado, já morto, nem se dá conta de que o seu funeral será feito no intestino grosso de um marmanjo.

 

Caros leitores, deixo por isso a pergunta: onde se comem os melhores caracóis no País?

Mais sobre mim

foto do autor

Arquivo

  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2013
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D

Favoritos